Os advogados de seis dos sete vereadores investigados na “Operação Déjà-vu”, em que se apura suposta compra de apoio na Câmara de Frutal, têm até o dia 21 de agosto para fazerem as considerações da defesa dos réus. Depois da audiência de instrução e julgamento realizada na semana ada, o Ministério Público Estadual (MPE) fez alegações finais pedindo a condenação desses vereadores. O documento foi protocolado na Vara Criminal da comarca de fruta na quarta-feira (2). A promotoria pediu a absolvição de apenas um dos investigados.
Os políticos Ricardo Mazzaropi (PT do B), Joab de Paula Alves (PROS), Romero Silva de Menezes (PRTB), Esio dos Santos (PR), Douglas Doyal (PSOL), Nene Finuh (PT do B) e Edson Yamagami (PSOL) foram investigados pelo suposto envolvimento com a compra e venda de apoio político para as eleições da Mesa Diretora da Câmara Municipal, para o biênio 2017/2018. Eles respondiam, inicialmente, pelos crimes de improbidade istrativa, organização criminosa, corrupção iva e ativa.
Os vereadores Douglas e Romero informaram que irão se pronunciar após a sentença ser proferida. Os demais acusados não atenderam às ligações na manhã desta sexta-feira (4).
A promotora da 3ª Promotoria de Justiça da comarca de Frutal, Daniela Campos de Abreu Serra, disse que, na audiência realizada no último dia 26 de julho, foram ouvidos todos os réus e mais de 10 testemunhas de acusação e defesa. Por falta de provas, a promotora concluiu que o vereador Edison Yamagami deveria ser absolvido das acusações.
Acusação de organização criminosa foi retirada
Quanto ao crime de organização criminosa, o MP solicitou ao juiz a retirada da acusação de todos os réus concluindo que não houve articulação de três ou mais pessoas para a prática criminosa. Por fim, a promotoria manteve as acusações de corrupção iva para Wesley, Romero, Ricardo Soares e Douglas Souza Chagas e, de corrupção ativa, para Ésio dos Santos e Joab de Paula.
Após o término do prazo para que os advogados de defesa apresentem as alegações finais, o juiz Gustavo Moreira irá proferir a sentença, ainda sem data prevista para ocorrer.
A ação de improbidade istrativa, que tramita na 2ª Vara Cível da comarca, está em fase de citação e apresentação das contestações. Também não há data para os réus e testemunhas serem ouvidos.
Operação “Déjà-vu”
As investigações da Polícia Civil de Frutal foram iniciadas no fim de outubro d e 2016 em parceria com o Ministério Público e da polícia de Araxá. O objetivo foi apurar informações de que alguns vereadores estavam repetindo práticas ilícitas de eleições adas, a fim de comprar e prometer o voto, principalmente para a função de presidente da Câmara.
A operação foi deflagrada no dia 16 de dezembro e foram presos preventivamente seis parlamentares que haviam sido diplomados recentemente. O vereador Edison se apresentou à Polícia Civil posteriormente ao cumprimento dos mandados.
Fonte: G1