O ex-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso, faleceu na madrugada deste domingo (2 de fevereiro), aos 86 anos, em Belo Horizonte. Ele estava internado em um hospital da capital mineira desde a última sexta-feira (31 de janeiro), conforme informações da família. A causa da morte não foi divulgada.
Natural de Brumado, no Sul da Bahia, Newton Cardoso era conhecido nacionalmente como “Newtão” e, em Minas, como “Trator”, apelidos que refletiam sua corpulência e estilo político direto e determinado. Ele governou Minas Gerais entre 1987 e 1991, além de ter exercido três mandatos como prefeito de Contagem, na Grande BH, e dois mandatos como deputado federal.
Newton também foi vice-governador de Minas entre 1999 e 2002, durante o governo de Itamar Franco. Empresário influente nos setores agropecuário e siderúrgico, foi casado por 30 anos com Maria Lúcia Cardoso, ex-prefeita de Pitangui e ex-deputada federal, com quem teve um divórcio conturbado em 2008, envolvendo uma disputa judicial por um vasto patrimônio, incluindo fazendas, imóveis no Brasil e no exterior, veículos e aeronaves.
Um dos fundadores do MDB em 1966, partido que posteriormente se tornou PMDB e voltou a se chamar MDB em 2024, Newton Cardoso permaneceu na legenda durante toda a sua trajetória política. Após deixar a vida pública em 2002, dedicou-se à istração de seus negócios.
Sua última aparição pública ocorreu em junho de 2023, durante o velório do ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.
Newton Cardoso deixa quatro filhos, incluindo seu herdeiro político, o deputado federal Newton Cardoso Júnior, presidente estadual do MDB em Minas Gerais.