Entre luzes piscantes e mesas fartas, há algo que transborda do lado de dentro, muitas vezes ignorado pela pressa em celebrar. Mas o que exatamente essas datas despertam em nós?
Psicologicamente, o Natal e o Ano Novo representam muito mais que feriados. Eles funcionam como um espelho de nossas emoções, refletindo o que vivemos, quem somos e o que desejamos ser. É como se, de repente, o tempo desacelerasse para que pudéssemos revisitar o ado e projetar o futuro. Contudo, esse mergulho emocional nem sempre é confortável.
Para quem lida com a ausência de alguém querido, o Natal pode ser um lembrete doloroso. Para quem não atingiu as metas planejadas, o Ano Novo pode carregar um peso de frustração. E, mesmo para quem está rodeado de afeto, as celebrações podem escancarar carências que não ousamos encarar ao longo do ano.
Por isso, mais do que fechar ciclos e traçar resoluções, este é o momento ideal para a introspecção. O que realmente importa? O que te fez feliz ou infeliz? Que pessoas deixaram marcas na sua história este ano?
Aproveitar essas reflexões pode ser um ato transformador. Não se trata de procurar falhas ou se prender ao ado, mas de compreender nossas emoções com mais empatia. Como está sua saúde mental agora, no apagar das luzes de 2024?
Assim como decoramos nossas casas, que tal decorar nossa mente com pensamentos mais acolhedores? Dar espaço para o descanso, permitir-se pausar, procurar ajuda quando necessário. Nem todo ciclo precisa terminar em euforia; a paz interna é um objetivo tão nobre quanto qualquer celebração.
Ao invés de promessas ambiciosas para o próximo ano, que tal fazer um pacto com você mesmo: tratar-se com mais gentileza e priorizar o que, de fato, faz sentido para sua vida? Afinal, mais do que celebrar, é tempo de (re)conectar.
A reflexão de fim de ano é o ponto de partida para um começo mais leve. E você, como vai começar o próximo capítulo da sua história?
Psicóloga Dayara Ferreira
Especialista em Terapia Familiar
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