Após semanas angustiantes, vendo o time com sucessivas atuações ruins, a torcida do Atlético quase lavou a alma na noite desta quarta-feira (3). Contra o Palmeiras, o alvinegro fez a Massa relembrar os bons momentos de 2021, portando-se como a equipe que se impõe, ataca e ganha com mérito. O roteiro estava sendo seguido à risca até os acréscimos no Mineirão, quando, aos 46 minutos do segundo tempo, o volante Danilo igualou o confronto em 2 a 2, no duelo de ida das quartas de final da Copa Libertadores.
Os gols atleticanos foram marcados por Hulk, em pênalti no primeiro tempo, e por Murilo, contra, no início do segundo. O zagueiro, revelado pelo rival Cruzeiro, diminuiu para o Porco na etapa complementar, após cobrança de falta. Danilo empatou o jogo nos acréscimos.
E por falar no ídolo atleticano, além de encerrar um jejum de cinco jogos sem marcar, Hulk se tornou o maior artilheiro da história do Galo no torneio, com 12 tentos. O atacante ultraou Jô, campeão da Libertadores pelo Atlético em 2013, que balançou as redes 11 vezes.
No primeiro tempo, o Atlético conseguiu dominar a partida, assim como no início do segundo. Nos minutos finais, quando já estava 2 a 1, o Verdão assustou em diversas oportunidades e conseguiu empatar, já nos acréscimos.
Com este resultado, o clube mineiro precisa triunfar na volta para se classificar à semifinal do torneio pelo segundo ano consecutivo. Em caso de outro empate, a decisão será nos pênaltis. O confronto de volta está marcado para a próxima quarta-feira (10), às 21h30, no Allianz Parque.
Antes disso, no domingo (7), às 19h, o duelo será diante do Athletico, pelo Brasileirão. Já o Verdão encara o Goiás, também em casa.
O jogo
Nos minutos iniciais, a partida estava bem disputada, principalmente no meio de campo. Com o decorrer do tempo, o Galo conseguiu neutralizar os palmeirenses na marcação e conseguiu manter a posse de bola e chegar diversas vezes ao ataque. E foi aí que morou o perigo na primeira etapa.
Aos 7 minutos, o atacante Hulk, jogador que chamava para as jogadas, soltou uma bomba, que ou sobre o gol de Weverton. Pelo lado esquerdo, Keno também oferecia perigo: foram pelo menos duas chances perdidas por volta dos 15 minutos, com chutes para fora.
Por outro lado, o Verdão tentava sair jogando, mas quando não era parado com faltas, desperdiçava as oportunidades. Aos 31 minutos, o lance que soltou mais suspiros no Gigante da Pampulha: após uma tentativa de bicicleta de Zaracho, a bola sobrou para Ademir, que finalizou desajeitado e ela sobrou no pé da trave.
Os gols perdidos escreviam o destino: susto na defesa. Aos 39, Gustavo Scarpa recebe em profundidade, chuta, mas Everson espalma; ela sobra para Piquerez botar no fundo da rede. No entanto, o árbitro assistente marcou impedimento, conferido pelo VAR. O baque serviu de lição.
Aos 43 minutos, o volante Jair recebeu na área, mas foi derrubado por Marcos Rocha: pênalti! Na cobrança, o artilheiro Hulk bateu forte no canto e abriu o placar, para “explodir” o Mineirão.
A segunda etapa começou da melhor maneira possível. Logo no segundo minuto, Keno fez boa jogada em velocidade na esquerda, partiu rumo à linha de fundo e tocou para o meio. A bola bateu no zagueiro Murilo, que não teve tempo de reagir, e ela sobrou para o fundo do gol. Galo 2 a 0!
Apesar da ampliação no placar, o Galo continuou atacando em busca do terceiro; mas quem fez foram os visitantes. Em infiltração, Veiga é derrubado próximo à área por Keno. Na cobrança, Scarpa cobrou forte no travessão, mas a bola sobrou no pé dele, Murilo, que havia feito contra e agora fez a favor. 2 a 1.
Após isso, o empate deu uma esfriada, mas com o Palmeiras com mais afinco, atrás de um empate. Lá e cá, a partida foi se encaminhando para o final, mas ainda era perigosa para o Galo. Aos 37 minutos, Dudu, que não estava conseguindo ser efetivo, recebeu uma bola quicando no meio da área, sozinho e de frente para Everson, mas ele chutou mal e ela foi para fora.
Após pressão do time paulista, houve o empate. Aos 46 minutos, Scarpa cobrou escanteio; Dudu chegou cabeceando na segunda trave e o volante Danilo bateu para o fundo do gol, causando um clima de velório na maior parte do Gigante da Pampulha. Final, 2 a 1, e decisão para São Paulo.
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